As inovações ao nível das organizações configuram um novo
modelo de organização, que deve ser capaz de dar resposta aos
factores de mudança apresentados no Subcapítulo 1.4 e de
assegurar:
-
um aumento das oportunidades de crescimento da empresa;
-
uma resposta mais flexível e rápida às necessidades dos
clientes;
-
a identificação das oportunidades e a sua adequada
exploração;
-
a gestão eficiente dos recursos humanos e dos meios
materiais;
-
a rentabilidade da empresa.
Este modelo de organização é caracterizado por um conjunto de elementos
distintivos ao nível da cultura, da estrutura, do processo, da política de
recompensas, das características da liderança, das relações internas, da
estratégia, dos critérios financeiros, da política de recursos humanos e de
comunicação na empresa. No quadro 5.1 apresentam-se as principais
características deste modelo emergente de organização , por
contraponto ao modelo tradicional .
Se é certo que existem organizações que se enquadram perfeitamente num dos
dois perfis extremos descritos, a grande maioria das organizações portuguesas
possui uma mistura de características de ambos. Estas empresas já terão
introduzido algumas mudanças e inovações a nível organizacional, em diversas
vertentes, mas sem que se tenha verificado ainda uma mudança completa do modelo
organizacional. A adopção de práticas já utilizadas noutras empresas e a
atenção permanente com a identificação de práticas futuras deve ser uma
preocupação da empresa que quer assegurar a sua competitividade e
a
sua sobrevivência futura.
Quadro 5.1 - Modelo tradicional vs. modelo emergente de organização:
principais características
Fonte: Bertrand Bellon e Graham Whittington, 1996 (adaptado).
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