1.7 |
DIFERENÇA
ENTRE
RENDIMENTO
E
RIQUEZA
E
NECESSIDADE
DE
OUTROS
INDICADORES |
A utilização dos valores do PIB ou do PNB como estimadores da
riqueza de um país, para além das imperfeições apontadas nos pontos precedentes, tem que ser criticada, ainda, pela limitação do conceito de riqueza neles implícita e, por outro lado, pela incorrecção teórica que lhe subjaz. |
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Um exemplo muito
típico desta questão é o modo como pode ser contabilizado o que se
passa com vários veículos que ficam presos num enorme engarrafamento,
demorando duas horas a fazer um percurso em direcção ao emprego que,
normalmente, demoraria meia hora.
Mais do que a ilustração do potencial conflito entre crescimento e preservação do património ambiental, há que salientar novas vertentes das relações internacionais que não podem passar em claro, designadamente as expressas na última frase. |
É, afinal, a plena consciência da limitação destes indicadores e da
necessidade de abrir o "sistema económico" a outros sistemas
(social, cultural, educativo, ambiental, etc.) que com ele estão
profundamente imbricados que tem levado várias Instituições
Internacionais a propor novos indicadores para medir o desenvolvimento.
Assim, a OCDE mistura nos seus "Indicadores
Estatísticos" o "Produto Nacional" com
"Demografia", "Emprego", "Energia",
"Fiscalidade", "Saúde", "Ensino",
"Investigação e Desenvolvimento", "Ciência e
Tecnologia" e "Ambiente", entre outros, enquanto o PNUD, no
seu "Relatório do Desenvolvimento Humano" cria um "Índice de Desenvolvimento
Humano" que,
incorporando valores relativos a longevidade, conhecimento, padrão de
vida e participação ou exclusão da vida económica e social, altera
substancialmente a ordenação relativa dos países estabelecida
exclusivamente a partir do PIB per capita (p.p.c.). |
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Sociedade Portuguesa de Inovação, 1999 Edição e Produção Editorial: Principia. Execução Técnica: Cast, Lda. |