Glossário |
|
auto-replicação |
no sentido da palavra inglesa inbreeding: reprodução de cópias idênticas ao original – aplica-se a processos e modos de trabalhar que nunca evoluem devido às novas funções (ou pessoas) reproduzirem os mesmos defeitos das anteriores, resultando esse erro das “novas” evoluirem exclusivamente com apoio interno, sem recurso a novas fontes. |
base de conhecimento |
no sentido da palavra inglesa knowledge-base: conjunto de conhecimentos dominado pela empresa (ou pessoa). |
benchmarking |
palavra inglesa ainda sem tradução aceite no contexto empresarial: definição de características e traços gerais de organizações, processos ou produtos considerados como os melhores em determinada área – em princípio, o primeiro passo de evolução de um sistema seria na direcção do seu benchmark. Também se utiliza o termo best practices (melhores práticas) num contexto semelhante, em relação a processos e modos de operação. |
business process reengineering |
termo inglês traduzido neste livro por “reengenharia de processos de negócios e gestão”, representado pela sigla BPR. Designa uma reorganização dos processos de trabalho, modos de operação, forma de efectuar negócios, fluxos de informação, etc., dentro da empresa e entre esta e o exterior (fornecedores, clientes, mercado). Pode ser ainda definido como “radical” se for efectuado a partir do zero, desenhando o sistema ideal independentemente das características do existente, ou como “incremental”, quando evolui a partir de melhoramentos no sistema existente, na direcção do sistema ideal. |
carta de Gantt |
representação esquemática das tarefas e subtarefas de um projecto, indicando com barras horizontais o período de trabalho de cada. Normalmente, representam-se ainda as ocasiões em que se atingem marcos (milestones) do projecto. |
carta de Pert |
representação esquemática das interdependências de tarefas e subtarefas de um projecto. Nesta representação, cada tarefa/sub-tarefa é indicada por uma caixa, com setas ligando as outras tarefas de que cada uma depende, ou que dependem dela. Normalmente é salientado o percurso crítico, definido como o encadeamento de tarefas e subtarefas que restringe a duração do projecto. |
cognitive technologies |
termo inglês traduzido por “tecnologias cognitivas”, que define técnicas e metodologias de trabalho para processos cognitivos, embora se aplique num sentido muito lato a trabalhos que envolvem processos mentais em geral, não só cognitivos, como também intuitivos, criativos, etc. De certa forma, abrange a dimensão não-técnica (humana e social) dos trabalhos de inovação. |
competências nucleares |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês core competencies: competencias (profissionais) que são centrais e essenciais ao negócio da empresa (ou num contexto mais restrito ao perfil profissional de um indivíduo ou grupo de trabalho). A empresa (grupo, indivíduo) será extremamente capaz e eficiente na aplicação destas competencias à sua actividade. |
competências sociais |
termo utilizado neste livro no sentido das capacidades de trabalho de um indivíduo que caracterizam o seu modo de trabalhar processos e relações sociais (trabalhos em equipa, comunicação, etc.), num sentido semelhante às competências técnicas, que caracterizam a sua capacidade de aplicar conhecimentos científico-tecnológicos e metodologias de trabalho do seu fórum profissional. |
consumer profiling |
termo inglês traduzido neste livro por “mapa de preferências” de consumidores: designa uma descrição sumária e normalmente esquemática das principais características de um produto na óptica dos consumidores, podendo ser mais qualitativa ou mais quantitativa em relação aos diversos factores. |
core competencies |
termo inglês traduzido neste livro por “competências nucleares”: competências (profissionais) que são centrais e essenciais ao negócio da empresa (ou num contexto mais restrito ao perfil profissional de um indivíduo ou grupo de trabalho). A empresa (grupo, indivíduo) será extremamente capaz e eficiente na aplicação destas competências à sua actividade. |
criatividade |
termo utilizado neste livro no sentido da capacidade de aplicação do génio humano à criação de algo totalmente novo |
(de) conhecimento intensivo |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês knowledge intensive: refere-se a actividades que envolvem a aplicação de conhecimentos de nível elevado, actualizados e normalmente sofisticados e complexos. A execução de actividades de conhecimento intensivo exige portanto uma aprendizagem aprofundada e contínua. |
economia baseada no conhecimento |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês knowledge economy: aplica-se num sentido de evolução conceptual da economia da sociedade. Tal como a revolução industrial permitiu passar de economias agrárias para economias industriais (em que a actividade de maior rentabilidade económica resulta de processos industriais), especulativamente no futuro, evoluir-se-á para economias em que a maior rentabilidade económica resulta da aplicação do conhecimento aos processos económicos – nesta situação, será o processamento e gestão de conhecimento e informação o processo central do sucesso económico, não os processos industriais/produtivos em si. |
empowerment |
palavra inglesa ainda sem tradução aceite no contexto empresarial: designa a concessão de poderes de decisão para níveis hierarquicamente inferiores. |
gestão do conhecimento |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês knowledge management: processamento e sistematização de informação e desenvolvimento de sistemas do seu fluxo envolvendo os conhecimentos relevantes à actividade da empresa (não só científico-tecnológicos, mas também organizativos, de mercado, de relacionamento com fornecedores e clientes, etc.). |
gestão da inovação |
organização dos processos envolvidos em trabalhos de inovação, aplicando técnicas e metodologias de trabalho que permitem tornar estes processos mais eficientes, optimizando custos, recursos, riscos e qualidade da solução final. |
guru |
termo normalmente aplicado na área das ciências económico-sociais para designar um especialista de grande renome, que aplica conceitos desenvolvidos com profundidade de análise, criando paradigmas que outros procuram seguir. |
inbreeding |
termo inglês traduzido neste livro por “auto-replicação”: reprodução de cópias identicas ao original – aplica-se a processos e modos de trabalhar que nunca evoluem devido às novas funções (ou pessoas) reproduzirem os mesmos defeitos das anteriores, resultando eese erro das “novas” evoluirem exclusivamente com apoio interno, sem recurso a novas fontes. |
inovação |
termo utilizado neste livro no sentido da criação de um novo produto, processo, equipamento, serviço ou organização que resulta da utilização de conceitos e elementos novos, ou de uma nova forma de os combinar. Uma inovação é uma aplicação bem sucedida da criatividade e invenção. No Livro Verde Sobre a Inovação publicado pela Comissão Europeia em 1995, a definição dada é: “produzir, assimilar e explorar com êxito a novidade nos domínios económico e social.” |
invenção |
termo utilizado neste livro no sentido do desenvolvimento de uma novidade (equipamento, técnica, processo, produto), potencialmente aplicável/utilizável com diferentes fins. |
knowledge base |
termo inglês traduzido neste livro por “base de conhecimento”: conjunto de conhecimentos dominado pela empresa (ou pessoa). |
knowledge economy |
termo inglês traduzido neste livro por “economia baseada no conhecimento”: aplica-se num sentido de evolução conceptual da economia da sociedade. Tal como a revolução industrial permitiu passar de economias agrárias para economias industriais (em que a actividade de maior rentabilidade económica resulta de processos industriais), especulativamente no futuro, evoluir-se-á para economias em que a maior rentabilidade económica resulta da aplicação do conhecimento aos processos económicos – nesta situação, será o processamento e gestão de conhecimento e informação o processo central do sucesso económico, não os processos industriais/produtivos em si. |
knowledge intensive |
termo inglês traduzido neste livro por “(de) conhecimento intensivo”: aplica-se a actividades que envolvem a aplicação de conhecimentos de nível elevado, actualizados e normalmente sofisticados e complexos. A execução de actividades de conhecimento intensivo exige portanto uma aprendizagem aprofundada e contínua. |
knowledge management |
termo inglês traduzido neste livro por “gestão do conhecimento”: processamento e sistematização de informação e desenvolvimento de sistemas do seu fluxo, envolvendo os conhecimentos relevantes à actividade da empresa (não só científico-tecnológicos, mas também organizativos, de mercado, de relacionamento com fornecedores e clientes, etc.). |
learning organisation |
termo inglês traduzido neste livro por “organização em aprendizagem”: designa uma empresa como organização que continuamente evolui como resultado da assimilação e apreensão das experiências passadas e do resultado da vivência diária, incrementando a sua base de conhecimento. |
mapa de preferências (de consumidores) |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês consumer profiling: designa uma descrição sumária e normalmente esquemática das principais características de um produto na óptica dos consumidores, podendo ser mais qualitativa ou mais quantitativa em relação aos diversos factores. |
marco (num projecto) |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês (project) milestone: resultado intermédio importante que se atinge numa determinada ocasião na vida de um projecto |
milestone |
termo inglês traduzido neste livro por “marco (num projecto)”: resultado intermédio importante que se atinge numa determinada ocasião na vida de um projecto |
modus operandi |
modo de operação. Utiliza-se frequentemente este termo do latim na literatura inglesa na área empresarial para designar a metodologia de trabalho ou de processamento. |
organização em aprendizagem |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês learning organisation: designa uma empresa como organização que continuamente evolui como resultado da assimilação e apreensão das experiências passadas e do resultado da vivência diária, incrementando a sua base de conhecimento. |
outsourcing |
palavra inglesa ainda sem tradução aceite no contexto empresarial: identifica o acto de recorrer a recursos externos à empresa para a execução de determinado trabalho ou tarefa, ou obtenção de informação ou conhecimento não existente na empresa. |
pensamento lateral |
tradução literal do original em inglês lateral thinking, utilizado por Edward de Bono para designar uma técnica de evolução da análise de uma situação/problema a partir da exploração de alternativas aparentemente absurdas (normalmente obtidas por inversão de situações tradicionais), a partir de certo ponto. |
prima-dona |
termo italiano utilizado quer na literatura portuguesa, quer na inglesa sobre ciências empresariais para designar um indivíduo que na sua área de competência profissional tem o mais elevado nível, mas cujo desmedido orgulho conduz a um comportamento difícil de compatibilizar com outras pessoas ou com a própria exigência da actividade empresarial. No original, prima dona é a “primeira dama”, isto é, a principal cantora, na ópera clássica italiana. No meio artístico, o termo é utilizado num sentido amplo e sem ter necessariamente a conotação negativa de comportamento egocêntrico. |
reengenharia de processos de negócios e gestão |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês learning organisation, representado pela sigla BPR. Designa uma reorganização dos processos de trabalho, modos de operação, forma de efectuar negócios, fluxos de informação, etc., dentro da empresa e entre esta e o exterior (fornecedores, clientes, mercado). Pode ser ainda definido como “radical” se for efectuado a partir do zero, desenhando o sistema ideal independentemente das características do existente, ou como “incremental”, quando evolui a partir de melhoramentos no sistema existente, na direcção do sistema ideal. |
team player |
termo inglês cuja tradução portuguesa (jogador de equipa) não tem totalmente a conotação do original utilizado na literatura das ciências empresariais: designa um indivíduo com excelentes capacidades de trabalhar em conjunto com outros, cumprindo, para satisfação de todos, os objectivos da sua função na equipa de trabalho. Ser um team player implica, nomeadamente, colocar os objectivos da equipa muito acima dos objectivos pessoais e auxiliar, se necessário, os outros elementos da equipa a atingir os seus objectivos. |
team roles |
termo inglês cuja tradução portuguesa (funções numa equipa) não tem totalmente a conotação do original utilizado na literatura das ciências empresariais: designa as funções numa equipa que têm a ver com a organização geral de trabalho de grupo e não com os aspectos técnicos do trabalho. |
tecnologias cognitivas |
tradução utilizada neste livro para o termo inglês cognitive technologies, que define técnicas e metodologias de trabalho para processos cognitivos, embora se aplique num sentido muito lato a trabalhos que envolvem processos mentais em geral, não só cognitivos, como também intuitivos, criativos, etc. De certa forma, abrange a dimensão não-técnica (humana e social) dos trabalhos de inovação. |
teoria do caos |
concepção teórica filosófico-matemática que analisa sistemas do universo com base no pressuposto que as suas características e comportamento resultam da interacção de um elevado número de factores determinísticos em si, mas cuja complexidade (natureza não-linear das interacções) e variabilidade conduz a um caos aparente, isto é, um resultado aparentemente aleatório. “Teoria dos sistemas complexos” é o termo mais correcto. Não se deve confundir com o conceito “o universo evolui para o caos”, retirado duma extrapolação demasiado simplista da tendência da termodinamica dos sistemas, no sentido da entropia máxima (grau de organização mínimo). |
teoria da resolução inventiva de problemas |
termo traduzido do original russo, a que corresponde a sigla TRIZ, que designa a metodologia desenvolvida originalmente por Genrich Altschuller. Consiste essencialmente na extracção de princípios e padrões gerais de inventividade a partir das invenções patenteadas, com base nos quais se constrói um algoritmo de resolução de problemas para desenvolvimento de novas invenções (a que corresponde a sigla ARIZ). Esta técnica é também conhecida como “inventividade sistemática”. A descrição do problema em termos utilizáveis pelo sistema conduziu a uma evolução mais recente designada “tecnologia semântica” (do inglês semantic technology), em que a busca de novas soluções é automatizada a partir de uma aplicação informática fácil de utilizar (user-friendly software). |
teoria dos sistemas complexos |
termo mais correcto para “teoria do caos” |
©
Sociedade Portuguesa de Inovação, 1999 Edição e Produção Editorial: Principia. Execução Técnica: Cast, Lda. |