1.3
O SECTOR DA SAÚDE

 

Tirando proveito dos avanços da medicina, da Biotecnologia e das tecnologias informáticas, o sector da saúde tem igualmente demonstrado um progresso enorme em anos recentes. Duas vertentes dominam os esforços empreendidos neste sector: por um lado, a necessidade de conquistar as doenças existentes, bem como novas doenças, de forma a melhorar o nível e a qualidade de vida do ser humano; por outro lado, a necessidade de reduzir os custos relacionados com a disponibilização de tratamento médico da melhor qualidade.
As duas vertentes acima apontadas colocam um desafio enorme a um sector tradicionalmente tão complicado e tão regulamentado. A investigação e o desenvolvimento podem levar à criação de novos produtos que sejam mais eficientes e capazes de tratar clinicamente doenças anteriormente incuráveis. Contudo, este é apenas um dos aspectos do problema. Igualmente importante é a necessidade de estabelecer práticas inovadoras na prestação dos cuidados médicos, de desenvolver novas formas de reembolso dos custos dos serviços e dos produtos, de criar novas bases informáticas de dados que permitam diagnosticar as condições dos doentes em qualquer altura e em qualquer lugar. Destes objectivos resulta a possibilidade de transmitir dados clínicos com alta fidelidade e excelente resolução de imagem quando for necessário enviar tal informação a longas distâncias, de forma a obter uma opinião e talvez uma intervenção cirúrgica por peritos em certas áreas. Esta última área de intervenção, denominada telemedicina, representa uma esperança de disponibilização de serviços médicos em partes do Globo onde eles ainda não existem.
O quarto capítulo apresenta uma abordagem pormenorizada destas questões, incluindo casos concretos com exemplos de soluções implementadas com êxito. Foca-se aqui especificamente a inovação em produtos (tais como novos fármacos, novas vacinas e novas terapias), a inovação em tecnologias (como, por exemplo, técnicas de diagnóstico inovadoras, novos instrumentos e novos aparelhos para uso em medicina) e, também, a inovação em processos (neste caso são abordadas diferentes modalidades de providenciar o tratamento clínico, através da integração sistemática da prestação de serviços com a organização e a avaliação dos serviços prestados).
Incluídos no texto foram ainda dados estatísticos relacionados com o sector, nomeadamente custos ligados ao desenvolvimento de novos fármacos, informação sobre o número de novos produtos introduzidos no mercado, probabilidade que um novo fármaco tem de vir a ser comercializado, etc.

© Sociedade Portuguesa de Inovação, 1999
Edição e Produção Editorial: Principia.    Execução Técnica: Cast, Lda.